Falando de Amor

Parece tão injusto falar de amor a quem amou e não ama mais.

É torturar um coração já torturado, é atiçar um sentimento injustiçado.

E quase todas as pessoas que amaram um dia, e perderam sua inspiração, já não sentem mais vontade de caminhar na mesma direção.

E há chances, esperanças ofuscadas no meio de uma fumaça de desilusão. E querem mais silêncio, pra se sentirem bem quando falam de amor.

Amor, que já não mais enchem seus corações amargurados, que otimizam certos erros de um futuro egoísta e quase só.

E só assim caminham, sem que mais ninguém, apenas si mesmo, perceba o quanto amor precisa. E suspira em fim, sem ar...

Sem forças...

Sem Emoções...

Só mais uns romances mal entendidos... Desacreditados...

Só meias verdades mal escritas... Mal expressadas.

E o que resta no fim de qualquer que seja a melhor das intenções, é o mais simples dos simples desejos: Qualquer felicidade, momentos de sossego...

Um carinho não pensado, uma palavra bonita dita sem querer... Querendo apenas uma resposta sincera e imediata, quem sabe um beijo, quem sabe um sonho.

Mas tudo é mesmo um sonho.

Desejos não mais desejados.

Apenas vontades...

Vontade de esquecer os antigos amores, que não são amores por se tornarem passados.

Vontade de encontrar novos amores que já tenham amado e também tenham esquecido.

Vontade de que esses novos amores sejam apenas um, e que o ame como nunca tinha amado.

Um sentimento desconhecido de um passado quase perfeito.

Uma nova perfeição direcionada ao presente, e palavras, boas palavras, de um futuro sempre melhor.

Vontade de uma emoção desconhecida por si, e que surpreenda ao se sentir menor que este.

Um amor, quem sabe.

E não será medido, nem ao menos por acaso...

Nem será compreendido,

Melhor se for vivido, sem jamais ser comparado.

Marise Marinho
Enviado por Marise Marinho em 08/01/2008
Reeditado em 07/02/2012
Código do texto: T808455
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