GRITO
Não posso agora;
Fugir de minhas idéias.
Ela é lúcida e louca.
É insistente.
Até de madrugada.
Até nos sonhos.
E nas noites acordadas.
Nos meus dias e noites.
A liberdade soa.
Doe e consome.
Insiste em não se esconder.
Não quero consolar-me.
Em teu consolo.
Só quero adentrar-me.
Em novos ares.
Esses de mentiras e verdades.
De noites imprevisíveis.
De dias quentes;
De verão, de primavera.
Preciso sentir mais.
As quatro estações.
Em meu coração.
Que agora é um flagelo.
Mas ele ainda bate!
E solta um grito.
Coragem!
Liberdade!
Vivo!
Elaine Lima.