Amiga

Não digas adeus, ó sombra amiga,

Abranda mais o ritmo dos teus passos;

Sente o perfume da paixão antiga,

Dos nossos bons e cândidos abraços!

Sou a dona dos místicos cansaços,

A fantástica e estranha rapariga

Que um dia ficou presa nos teus braços…

Não vás ainda embora, ó sombra amiga!

Teu amor fez de mim um lago triste:

Quantas ondas a rir que não lhe ouviste,

Quanta canção de ondinas lá no fundo!

Espera… espera… ó minha sombra amada…

Vê que p’ra além de mim já não há nada

E nunca mais me encontras neste mundo!…

sora
Enviado por sora em 21/01/2008
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