Do desconhecido
E então chega aquela hora em que tudo parece dar errado.
Todos à tua volta te enchem de cobranças, o chão desaba sob teus pés, e os sonhos...ah, esses parecem agora como os castelinhos de areia construídos quando criança, e você se pergunta como é que pôde acreditar um dia que tudo daria certo.
A madrugada te encontra ainda acordado, procurando respostas e aconchego embaixo das cobertas, mas lá fora o vento bate insistentemente na janela, trazendo com ele aquele velho sentimento...o medo do desconhecido.
Encará-lo? É como balançar na haste de um trapézio, sabendo que se você cair, não haverá redes para aparar a queda. Como se o brilho da estrela guia fosse fulgurante a ponto de você desejar desesperadamente segui-la, mas não o suficiente para iluminar o escuro caminho.
O amanhecer traz com ele os primeiros raios de uma tímida esperança, enquanto no íntimo persiste a dúvida: será que mesmo sendo tão pequeno, conseguirei encontrar em mim a força e coragem necessárias para enfrentar esse gigante implacável... o futuro?