Sob a chuva fina
Não tenho medo de mostrar quem sou,
O que quero, o que sinto, ou pra onde vou.
Não tenho medo do que possam achar de mim.
Dou a cara para bater,
embora os que queiram bater se escondam,
fazendo escaramuças às ocultas.
Não me importo.
Sou íntegra na dor, no amor,
no querer, no não-querer.
Não sofro pelo ontem,
nem pelo amanhã.
Apenas vivo, na intensidade que cada momento pede...
Como agora, lentamente...
observando as flores do jardim
e os pássaros que cantam e se deleitam
sob a chuva fina.
Que posso eu fazer, senão espreguiçar,
colocar Norah Jonas pra cantar só pra mim
e sorrir? Para quê, ou para quem?
Pra mim, pra vida, para o que se apresenta à minha frente.
Hoje é segunda-feira, o dia acabou de acordar,
chove, os pássaros cantam, Norah Jonas sussura,
e eu sorrio para o que se apresentar.