Sob a chuva fina

Não tenho medo de mostrar quem sou,

O que quero, o que sinto, ou pra onde vou.

Não tenho medo do que possam achar de mim.

Dou a cara para bater,

embora os que queiram bater se escondam,

fazendo escaramuças às ocultas.

Não me importo.

Sou íntegra na dor, no amor,

no querer, no não-querer.

Não sofro pelo ontem,

nem pelo amanhã.

Apenas vivo, na intensidade que cada momento pede...

Como agora, lentamente...

observando as flores do jardim

e os pássaros que cantam e se deleitam

sob a chuva fina.

Que posso eu fazer, senão espreguiçar,

colocar Norah Jonas pra cantar só pra mim

e sorrir? Para quê, ou para quem?

Pra mim, pra vida, para o que se apresenta à minha frente.

Hoje é segunda-feira, o dia acabou de acordar,

chove, os pássaros cantam, Norah Jonas sussura,

e eu sorrio para o que se apresentar.

Rosimere Ferreira
Enviado por Rosimere Ferreira em 28/01/2008
Código do texto: T836121