Devaneios, desencontros.

Eu ando em desencontro comigo mesmo. Lendo nas entrelinhas, eu interpreto e percebo tudo o que não é dito, tudo o que é omitido, e percebendo isso, eu compreendo o motivo de tanto silêncio.

Me contradigo também, porque mesmo não anuindo à esse tipo de postura, me mantenho passivo, engolindo seco o impulso de gritar pra todos que tudo está errado. Mas estaria julgando e influênciando e depois não saberia o que é real, de qualquer forma. Silêncio.

Eu sempre achei que liberdade era primordial pra se lidar com coisas como o amor e tal. Aí me pego querendo que alguém simplesmente me prenda e me diga que não sou de mais ninguém, porque sou apenas dela. Trancado na segurança da sua caixa em forma de coração.

Mas não. Eu continuo por aí, ao acaso.

Me sinto tipo uma puta às vezes. Sem a parte boa da coisa.

Cigarrinho pós-coito e asco.

Mas mudança é a regra máxima de tudo.

Espero.