Paradoxo do Amor Real

Penso que para se viver um amor REAL em sua plenitude, primeiro cada um deve se tornar completo em si, então quando a conexão de almas acontece, um complementa o outro no aspecto de acrescentar, enriquecer o universo do outro, que já é luminoso em si. Chamo a isso de movimento ascendente do amor.

O movimento descendente, no meu entender, ocorre na paixão, no tesão ou outras fortes emoções de magnetismo animal, neste movimento, complementar não significa acrescentar, mas tão somente buscar no outro o que se almeja e não conseguiu em si mesmo construir ainda; conforme o grau de projeção que se busca no outro, ao que falta em si, cria-se um alto grau de dependência, que pode se tornar doentio; seja em que grau for, sempre há uma boa dose de sofrimento envolvido.

No caso do amor REAL, não há dependência pela falta, já que cada um é completo em si. Cada um prossegue sua vida de forma independente, mas só se sente realizado, pleno e feliz, porquê tem consciência que o outro existe e há uma luminosa conexão, assim como cada forma de vida aqui neste planeta segue seu curso, sua rotina com relativa independência, mas somente existe porquê o sol existe. Independência dentro de uma dependência. Eis o paradoxo do Amor Real.

Ps.: No meu entender, sentimentos podem ser eternos; emoções podem ter longa duração, mas sempre perecíveis.

Susie Sun
Enviado por Susie Sun em 13/02/2008
Reeditado em 17/02/2008
Código do texto: T857342
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