“MAIS UM DESABAFO” (O Amor).

O dia já nasceu, passarinhos cantando, sol reluzente, e eu aqui sem ter dormido nem um pouco, sem ter sentido sono, com a solidão querendo tomar conta de mim. Olho o céu, a natureza, sinto o vento soprar em meus cabelos, o cheiro da brisa da manhã me envolve p/ outra dimensão... O sombrio mundo do meu coração! Vejo amores que perdi, paixões de momento, minhas decepções... Vejo tudo, claramente. E percebo que a felicidade me abandonou em todos esses momentos, tudo teve um triste fim. Sinto meu peito doer. Paro. Fico sem pensar em nada, só olhando o azul do céu, o sol refletindo na água, as serras tão verdinhas, que presenciam aquele meu pensamento de quase loucura... Imagino como uma pessoa pode nunca ter amado, nunca ter se feito amar... Apenas o desejo e a atração fazem com que as pessoas se aproximem. Lutei tanto p/ conseguir esse corpo, essa forma, antes era gorda e ninguém me olhava e me sentia muito triste, hoje mudei, completamente, não passo por um homem que não me olhe ou faça algum comentário sobre mim, que me elogie, mas continuo triste. Triste, por perceber as circunstâncias da vida, perceber que o amor é coisa rara, feliz daquele que se sente amado. Coisa que nunca senti!

Essa depressão ta acabando comigo, ta me dilacerando a alma. Meu peito sente a dor de um amor que nunca tive, apenas sonhei, e sonhos não são reais! Não sou mais uma menina, não posso ter esse pensamento bobo, infantil. O amadurecimento tem que vir, suportar as dores e seguir em frente, mas confesso que não tenho muita esperança, cada vez mais, percebo que amor é só coisa que poeta inventou p/ enfeitar as belas poesias. Uma palavra encantada! Mas, como nos sonhos... Não são reais! É um forma de enganar o coração, enganar a si mesmo.

Amor... Amor... Amor... Palavra linda que o poeta criou!

Vanessinha Mota
Enviado por Vanessinha Mota em 14/02/2008
Reeditado em 21/02/2008
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