Indefinido

Domingo, 12 de Agosto de 2007

Que nunca definiu

Se era bom ou mau

Que talvez os dois, se não existem essas coisas

Mais fácil a raiva, mais simples a constatação de egoísmo apenas. De distante pensar em um ser que não era nada mais que. Quase incapaz de sentir, de sensibilizar-se com.

Mas de repente, lembra-se da fragilidade, e lá está frente a frente com alguém que parece tão em desamparo. Que não seria capaz de ser apenas maldade. Tão pequeno, tão precisando de.

Ambos que se contradizem, razão de tantas questões. Que seria mais fácil acreditar na pior versão, melhor para ela. Mas sabe que não existe um só. Que um nega o outro, mas ambos fazem parte de. Que se apaixonou por um e amou ao outro.

Nem sabe o que sente. Que por um lado é desapontamento por sentir por alguém que apenas se volta para si. Que tudo feito é em prol de si. De sua imagem perfeita. Imagem que não pode quebrar, especialmente para si. Que sempre se coloca a si mesmo num local protegido, não importando os demais. Que a ela fez mal sem se importar. E é fato. Fato que , apesar de, o egoísmo supera o bom senso. O egoísmo que supera todo e qualquer carinho. O prazer do jogo por si só. O auto-prazer. E apenas.

Por outros lado, tão simples, tão sem mistério. Criança cheia de medos. Pânico constante. De perder. De decepcionar. Contrastando com palavras cruéis. As belas palavras. Tão contraditório. Tão frágil e suscetível de manipulação. De chantagem emocional. Tão inacabado. Tão emocionalmente imaturo. Tanta falta de coerência. Que não entende a si mesmo. Que foi assim que por tanto tempo a fez dividir-se em. Quebrar a cabeça em. Múltiplas teorias. Todas verdades, embora opostas.

O tempo corre, não há o que dizer. É Agosto agora. Cedo para conclusões, tarde demais. Nenhuma certeza é valida. Apenas vive. Bem, por assim dizer. E veio um tempo de breve retorno. Próximos passos indefinidos. O tempo corre e não há o que dizer. O inverno ainda conta mais de mês. Cedo para conclusões, tarde para tantas coisas. Nenhuma certeza é válida. Se jogou tudo fora, se não. Nem sabe o que está fazendo. Não deve estar tudo bem. Não como o outro deseja. Para ela sim. Dia a dia, sente o que deve fazer. Como o outros deseja, está se tornando. Não deve ser. Não sabe como fazer. Não sabe o que sente. é meio de Agosto, o tempo corre. Nenhuma certeza é válida. Aperta ainda. Mas de repente, é tanto riso. E la estavam. A cantar, a sorrir, a adivinhar idéias e pensamentos. Vontade de permanecer sentado alí. É inverno ainda, fazia frio. Intimidade inegável. Onde está o para sempre? Não vai ser assim. Mais um dia, outra vez! Tempo de parar ? Tempo de voltar. Ela não sabe o que fazer. É domingo novamente, o tempo corre.É Agosto novamente, não sabe o que sentir. Há um ano eram aqueles dias. Há dois dias. Há três meses. Faz tanto tampo. É Agosto. Cedo para conclusões, tarde demais. Nenhuma certeza é válida.

Elle Henriques
Enviado por Elle Henriques em 16/02/2008
Código do texto: T862041