NINGUÉM É MELHOR QUE NINGUÉM

NINGUÉM É MELHOR QUE NINGUÉM

Conta-nos uma antiga parábola que, certo dia, um alfinete e uma agulha encontraram-se numa cesta de costuras. Estando os dois desocupados, começaram a discutir, porque cada um se considerava melhor e mais importante do que o outro:

"Afinal, qual é mesmo a sua utilidade?" disse o alfinete para a agulha. "E como pensa você vencer na vida se não tem cabeça?"

"A sua crítica não tem a menor procedência" respondeu a agulha rispidamente. "Responda-me agora: de que the serve a cabeça se não tem olho? Não é mais importante poder ver?"

"Ora, e de que lhe vale seu olho se há sempre um fio impedindo a sua visão?" retrucou o alfinete.

"Pois fique sabendo que mesmo tendo um fio atravessando o meu olho, eu ainda posso fazer muito mais do que você."

Enquanto se ocupavam nessa discussão, uma senhora pegou a cesta de costura, desejando coser um pequeno rasgo no tapete.

Enfiou a agulha com linha bem resistente e se pôs a costurar o mais rápido que pôde. De repente a linha emaranhou-se, formando uma laçada que dificultou o acabamento da costura. Apressada, a mulher deu um puxão violento que rompeu o olho da agulha.

Tendo que ultimar aquele trabalho, ela amarrou a linha na cabeça do alfinete e conseguiu dar os pontos finais; mas na hora de arrematar, a cabeça do alfinete se desprendeu.

Impaciente com tudo, jogou a agulha e o alfinete na cesta e saiu resmungando.

Ambos estavam enganados: o alfinete e a agulha! Nenhum dos dois era insubstituível. Nenhum dos dois era perfeito. Nenhum dos dois era tão versátil que pudesse julgar-se com o direito de se considerar melhor do que o outro.

Considerações Finais:

Ninguém é tão completo e nem tão competente que não possa ser substituído. Ninguém é tão polivalente que se julgue com o direito de se considerar melhor do que os outros.

Existem pessoas que se mostram presunçosos e arrogantes em relação às suas habilidades, até o dia em que são superados, e só então quando se encontram empoeirados pela falta de uso descobrem quase tardiamente que não são em nada melhores do que o seu semelhante.

Se julgássemos mais susceptíveis à erros, talvez erraríamos menos.

Quando queremos provar nossa aparente capacidade, nossa nudez se torna visível, ainda que estejamos vestidos.

Somos todos iguais perante o Pai, mas ainda somos humanos.

Que Deus abençoe todos nós!!!

Beijos