Inútil

Pode-se dizer que eu tô com muito medo agora. Medo de, de repente acordar e ver que tudo foi um sonho. Daqueles que a gente sonha com tanta realidae, e depois de abrir os olhos, a gente deseja dormir novamente. É como uma canção tão perfeita que chega a se confundir com um pouco da nossa própria alma. Não se importar com mais nada, sabendo que chorar não é a vida suficiente pra tanta dor. Fazer uma poesia, sem estrofes, sem rima, sem medo, sem frio, sem romantismo, uma linda poesia escrita com teus erros mais impedoáveis, a cada palavra mal escrita, caneta toca papel, e tudo, e todos, não te trouxeram pra minha vida, não foram importantes, então. Olhar pro céu estrelado, e perder a conta de quantas estrelam brilham. Sentir frio, num mundo tão vazio e escuro, que janelas são saídas, e abraços respostas abrigadas. Ver na multidão, e te enxergar como um tipo de decepção sem porque, um desconhecido sem timbre lembrado, uma imagem desfocada por tantas lágrimas saidas dos meus olhos.

Chorar numa espécie de fim do túneo, ouvindo vozes aleatórias te pedindo pra procurar ajuda na multidão de corpos. Escrever agora, estar escrevendo este tipo de mentira bem forjada, e nos tornar uma mascára, pra disfarçar com um sorriso a dor. Ficar de pé, finjir estar de queixo erguido, procurar um abraço forte, e alguém que te diga que a fragilidade não omite tal labirinto. E dicursos como esses são ilícitos, e são testemunhas, e são minha fraqueza, e são teus abraços, e são tuas ausências despercebidas, e são instintos ignorados. São a foto de uma garota parada na chuva, vendo a água fugir do céu, e se misturar com o seu choro, uma garota perdida, com muito frio, não querendo se envolver no calor que a quer abrigar. Tente ser forte, forte, forte, garota! Não deixe que achem que você está chorando assim, porque você já fez a coisa certa, porque você já viu esse filme, porque todo teatro já foi ensaiado, e todas as esperas, e razões escondidas ( estão secretamnete enjauladas) nos teus devaneios mais vitais...

brenda
Enviado por brenda em 24/02/2008
Reeditado em 24/02/2008
Código do texto: T874167
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