NOSSO CÉREBRO

NOSSO CÉREBRO

Marcial Salaverry

Eis aí algo que é um verdadeiro mistério. O funcionamento de nosso cérebro. Ainda não se sabe exatamente para que serve. A ciência, apesar de toda sua evolução ainda não chegou a desvendar sequer 10% de seu Manual de Instruções.

Aliás, pelo constante evoluir do progresso tecnológico, pode-se chegar à conclusão de que existe algum programa lá instalado, que só permite a saída de informações por um sistema de conta-gotas, para que seus segredos jamais sejam totalmente desvendados, pois o evoluir constante da ciência e dos conhecimentos mostra claramente que a evolução só é permitida aos poucos, quando as pessoas vão sendo “preparadas” para receber esses conhecimentos.

Notem que geralmente as crianças começam a assimilar as novidades mais rapidamente que os adultos, pois seus cérebros ainda estão em formação, e já vão recebendo essa preparação.

Um de meus grandes ídolos, Sir Charles Chaplin, assim o definiu:

Nosso cérebro é o melhor brinquedo já criado: nele se encontram todos os segredos, inclusive o da felicidade. (Charles Chaplin)

Indiscutivelmente, todos os segredos da vida lá se encontram. Difícil é explicar porque existem algumas pessoas que, por algum privilégio especial, obtém um melhor rendimento, e dessa maneira, conseguem aproveitar melhor os recursos nele armazenados.

Mas o mais interessante, é que a “torneirinha liberatória de conhecimentos” é curiosa. Pode-se notar que não existe uma “liberação geral”, pois cada um de nós desenvolve determinado tipo de conhecimentos. Mas a coisa é meio limitada, pois um cientista, dificilmente será um artista. Seu cérebro apenas libera os conhecimentos científicos, e isso não deve fazer muito bem para seu cérebro, pois geralmente os cientistas são incrivelmente distraídos, não conseguindo focar a atenção em coisas práticas da vida.

Por outro lado, um escritor não conseguirá ser um bom carpinteiro. E assim por diante.

Poderemos ser geniais em determinadas coisas, desenvolvendo nossos conhecimentos ao ponto máximo de tudo sabermos sobre determinados assunto, mas em compensação, seremos autenticas bestas em outras coisas, não sendo capazes de realizar tarefas que a mais ignorante das criaturas (no nosso modo de ver), poderá fazer de olhos vendados, e para essa pessoa, os ignorantes seremos nós, apesar de toda nossa sapiência.

Outro ponto que o cérebro comanda, e que não encontramos explicações, são para as questões referentes ao amor, à afetividade. O coração é o órgão exaltado nesse ponto, mas na realidade bem real, o órgão pensante e que determina de quem iremos gostar, é o cérebro.

Alguém será capaz de explicar, à luz da ciência, dos conhecimentos, porque gostamos de determinadas pessoas, e desgostamos de outras? Por que nos apaixonamos por alguém que, às vezes sequer conhecemos? Coisas do cérebro. É assim porque é e pronto.

Da mesma maneira que a ciência não descobriu o manual de instruções dele, nós não conseguimos explicar o porque de certas reações. Quem poderá explicar o ciúme, o desejo, a raiva, os vícios (o cérebro diz que fará mal, mas...). Enfim... coisas do cérebro...

Por exemplo, quantas vezes ficamos com algum pensamento martelando o recheio de nossa caixa craniana, e por mais que o tentemos afastar, ele se insinua novamente. Não existe explicação plausível para isso.

Agora o ponto crucial mesmo é o botãozinho que regula a tão cobiçada e desejada felicidade.

Vai ver que ela ainda está naqueles 90% desconhecidos, e só alguns privilegiados conseguiram descobrir o programa que a libera. Realmente, a felicidade se encontra dentro de nós. Basta sabermos usar direitinho o que nos oferece o cérebro, para a desfrutarmos. Depende de sabermos viver a vida, dentro de nossos recursos e possibilidades. O que atrapalha muita gente que não consegue ser feliz, é que não consegue sentir-se feliz com aquilo que tem. E seu pensamento fica exigindo sempre algo além do que consegue.

Coisas do cérebro.

Para não forçar demais nossos 10% atuantes, convido-os para UM LINDO DIA.

Marcial Salaverry
Enviado por Marcial Salaverry em 31/03/2005
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