ANGELUS


Qual o sentido do fascínio de uma criança, mesmo de um adulto, pelo entardecer? Talvez uma lembrança atávica, a visão da penumbra contra o colorido do céu, uma oposição entre o mundo de fora e o mundo de dentro (a hora de recolher); entre um céu estrelado e uma sala iluminada, entre a brincadeira que não queremos interromper e a refeição que nos espera... Difícil para uma criança, escolher entre o vasto mundo e o aconchego familiar. Será esse o motivo da melancolia que nos invade, quando ouvimos o toque do Ângelus, ao cair da tarde?


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