Encontrei.

Luz

Luz.

Se eu precisasse explicar como eu o amo, choraria toda minha vida, sem fim.

Pela consciência da perda ou pela ausência da falta, me desfaço, em lágrimas.

Eu o amo de todas as maneiras possíveis e imensuráveis.

Difícil seria fugir dos clichês do amor, como disse, apenas seria, pois toda a certeza que sempre faltou em minha vida, eu tenho agora.

Aquele dizer de avó, - é ele - , -você vai saber na hora- , eu digo agora.

Às vezes eu gostaria de regredir ao nosso começo e viver tudo de novo, às vezes eu gostaria de adiantar a fita e viver logo o que há de ser vivido, aquilo que eu não aguento mais esperar.

Minha impaciência e minha certeza me matam aos poucos, e para quem ainda não havia entendido, é essa a razão de ser das minhas lágrimas.

Se um dia tudo isso vier ao fim, não importa.

Se eu terminar minha vida, ou amanhã, com outra pessoa, não importa.

Um grande amor só se vive uma vez na vida. Ninguém nunca disse que era infinito, só que era grande a ponto de explodir num peito que dói incessante.

Ele é tão perfeito que essa definição é até ultrapassada.

Ele é o copo d'água, a parede vermelha, as folhas e os olhos fechados.

No fundo eu sempre sabia.

Até mesmo quando ele não sabia,

Até mesmo no silêncio, eu sabia.

Até mesmo no dia 30 de Junho de 2007, eu sabia, eu ia.

A pele sempre nos entregava.

Agora,

Se era ele, se é ele, se é outro,

não sei.

(Veja que esse final foi escrito antecipadamente, em paralelo ao meio do texto, prova verídica a quem interessar, que minha impaciência me domina)

Se sou louca, se estou louca, se estou enganada,

é muito,

muito tarde para saber.

Eu só queria que as avós estivessem enganadas, assim como eu penso estar a respeito da efemeridade, e que eu+ele, não tenhamos que ter um fim.