CONTÍNUO MOTO-CONTÍNUA
CONTÍNUO MOTO-CONTÍNUA
Nós somos muito estranhos em relação ao próximo.
Sempre queremos ter a razão, mas que razão?
Não sabemos de nada do que nos acontece nessa vida.
Apenas vivenciamos sentimentos, emoções, felicidades e tristezas.
Por vezes, tudo não passa de uma breve experiência
que adquirimos, por não admitirmos
que estamos errando.
Seria muito humilhante deixar a humildade reger nossas vidas?
E quando envelhecermos? quais serão, afinal, as lições ou os conselhos que transmitiremos aos nossos semelhantes, aos que virão depois de nós?!
A vida é um contínuo dar e receber...
Recebemos, em demasia, conselhos, carinho e afeto. Mas, colado a tudo isso, vêm a inveja, a maldade e a tristeza.
Vamos seguir esse caminho?!
O do mal ou o do bem?!
Não sei também. Mas, qualquer que seja, alguma forma de prazer nós sentimos. Porém, não sabemos distinguir. Somos selvagens, injustos e ignorantes por não-bem sabermos o que somos, como agimos ou como representamos as nossas vidas.
É, somos fracos!
E ainda não aceitamos ajuda, quando fazemos algo de errado.
É, não sei definir nada,
e penso que não possa.
Também errei. Errei muito,
muito, mesmo! E hoje me arrependo de tudo que fiz.
Contudo,
humana sou nessa moto-contínua: a vida!
ELAINE BORGHI
verão de 2005