Diálogos V

E PERCEBENDO QUE HÁ MUITO EU ESTAVA SOZINHA E PENSATIVA, LOGO APROXIMOU-SE A PERGUNTAR:

- POR QUE ESTÁS ASSIM TÃO CALADA?

- ESTOU TENTANDO ENTENDER O MUNDO.

- ENTENDER O MUNDO? MAS ASSIM, EM SILÊNCIO E SOZINHA?

- SIM. REFIRO-ME AO MUNDO QUE HÁ EM MIM. ESSE QUE ME ACOMPANHA.

- E NÃO CONHECES TEU PRÓPRIO MUNDO?

- NÃO, NÃO CONHEÇO.

- E COMO SENTE-SE COM ISSO?.

- SEMPRE QUE ADENTRO MEU EU É COMO SE ADENTRASSE UM LABIRINTO.

- UM LABIRINTO? E O QUE ENCONTRA NESSE LABIRINTO? COMO SE SENTE DENTRO DELE?

- ESSE LABIRINTO ME SURPREENDE SEMPRE. ORA COM O FRIO, ORA COM O CALOR, ORA COM O PRAZER, ORA COM A DOR. DENTRO DELE SINTO-ME SEDENTA DE CHEGAR AO CENTRO, APOSSAR-ME DO PRÊMIO E VOLTAR VITORIOSA.

- QUE PRÊMIO EXISTIRIA NO LABIRINTO DO SEU EU?

- EU!

- CENTRAS O MUNDO EM TI MESMO?

- SÓ CONSEGUIREI VIVER OU ENTENDER ALGO EXTERNO QUANDO VIVER E ENTENDER QUEM SOU, O QUE SOU. NÃO CONSEGUIREI VIVER OU ENTENDER NADA QUE ESTEJA FORA, SEM PRIMEIRO ENTENDER O QUE HÁ AQUI DENTRO DE MIM.

Cinthya Danielle dos Reis Leal
Enviado por Cinthya Danielle dos Reis Leal em 06/01/2006
Código do texto: T95116