Formando um Cidadão

Pensando sobre amadurecimento, crescimento e evolução, educação e “auto-educação”, todo este processo exige alimento, muito alimento e não apenas o alimento do corpo, do ego e suas vaidades, mas fundamentalmente o alimento para alma e a alma para poder desenvolver-se precisa de, antes de tudo, ser pela beleza alimentada. Então temos as belezas naturais, a música, artes, literatura adequada, viagens, relacionamentos que acrescentam, enriquecem e por ai vai.

Penso ser muito importante se dar ênfase desde a infância na área educacional, em casa, mas também de forma constante nas escolas, pois uma alma bem alimentada transforma o indivíduo, em sua maioria, numa pessoa sensível, desenvolve a inteligência emocional, conseqüentemente um Ser com grande probabilidade de ter verdadeira consciência de cidadania e respeito, apto a viver e ajudar no desenvolvimento da sociedade na qual está inserido.

Sem a sensibilidade e o conhecimento desenvolvidos em alto grau, é praticamente impossível encontrar um cidadão que domine seus instintos mais primitivos e tenha uma ampla consciência da realidade e o quanto suas atitudes podem ajudar ou prejudicar o meio no qual está contido.

Há muitos anos tenho esta compreensão e corroborando com esta idéia, uma grande amiga minha que mora tanto aqui como nos Estados Unidos me contou que lá estão desenvolvendo programas para amplo leque de escolas objetivando fortemente a arte, música e literatura, mas não visando cultura apenas, mas sim desenvolver o máximo possível a sensibilidade do futuro adulto. Então acho muito válida qualquer iniciativa nas escolas que tenham este objetivo, precisamos urgentemente trabalhar esta sensibilidade latente nas crianças e continuando nos adolescentes, apenas despejar informações e de vez em quando um pouquinho de artes, a literatura abordada normalmente de forma chata e música quase inexistente, estamos realmente precisando mudar; se desejamos uma sociedade diferente, tudo isso precisa fazer parte do currículo normal das escolas, públicas ou não. Depois de adulto, dificilmente consegue-se alterar alguma coisa.