Carta #1

Alguns fatos me projetam ao mais simples e rústico pensamento:

Ser ou não ser tão radical comigo mesma?

Visto que li alguns trechos de pensamentos anônimos e dizem eles mais ou menos assim:

1) "O desespero é como uma chuva de um veneno invisível"

2) "O caluniador é um verdadeiro teste de paciência"

3) "As dificuldades são prova demonstrativa da nossa fé"

4) "Quem pede desculpas constantemente quer garantir paz de espírito"

5) "Se alguém te prejudica, receba esta valiosa oportunidade de perdoar"

6) "A calma tonifica o espírito, enquanto a irritação é o fermento da discórdia"

7) "A aflição proveniente de alguém é uma forma de exercitar tolerância"

8) "Nossa segurança é Deus, nosso melhor amigo Cristo, nosso roteiro de saúde o evangelho, nossa definição o bem, nossa metodologia a caridade e nossa salvação o amor"

PORQUÊ QUE É TÃO DIFÍCIL PARA MIM LER ISSO E ENTENDER QUE AS EXCEÇÕES HÃO DE SE TORNAR REGRAS?!!!!

Não consigo ter paz quando sou caluniada, não consigo ter paciência com quem me faz mal, não consigo ter tolerância àqueles que se lamuriam por tudo a todo tempo e tampouco não consigo não ter desespero quando muitas vezes cai sobre mim uma avalanche de problemas que muitas vezes sou eu mesma quem causa!!!!

Está muito difícil conseguir seguir estas orientações, apesar de querer aplicar aos outros... seres humanos como eu têm salvação?!

Rsrsrsrs... pelo menos eu leio muito... nesse momento caio na real que tenho que mudar alguns hábitos...

Será que sou quadrada demais a tal ponto de não aceitar estas novas tendências modernas de relacionamento interpessoal?!!!! Ser "sui generis" é querer explorar demais de mim.

Conflitos gritantes de uma cabeça pensante

raciocínio grotesco do mundo real

opinião muda se houverem bons argumentos

PASTO em vãos pensamentos

leves e duradouros momentos

surreal, real, final...

cabeça fechada, amarrada, abarrotada

feridas não-cicatrizadas

Ahhhhhh, onde vim amarrar meu jegue?!!!