Infantes Pensamentos Saudosos.
Estava pensando...
O que fazer, o que dizer, sobre o que escrever?
Infância!!!
Rir, chorar...
Leite, papinha, frauda, pomadinha.
Engatinhar, parar em pé sozinha.
“-Olha já anda”.
Primeiros acordes de voz...
Mãmã, pápá, angu...
“-Ai que gracinha”.
Cair, chorar, primeiros passinhos...
“-Quando casar sara”.
Passa o tempo...
Um, dois, três, irmãos, somos quatro um menino como raspa de tacho.
Febre, gripe, catapora...
Ufa! Que susto.
Boletim escolar...
“-Acho bom melhorar”.
“-Crianças! Pra dentro”.
Banho de chuva, guerrinha de barro...
Campinho de futebol, nadar no lago ao lado...
“-É da cachoeira que vem a água”.
Que delicia era banhar-se naquela queda d’água!
Ah! Tinha a gangora de “Kombi” que fazíamos quando chovia sempre que chegávamos lá. E no alto avistávamos a casa, malsão pra nós.
“-Crianças! Tenham cuidado!”.
Subir na amoreira, na ameixeira...
Eramos como pequenos ninjas escalando-as para de seus frutos provar.
Ao contrário a jabuticabeira que para seus frutos colhermos bastava que deitássemos e levantássemos os braços.
Ah! A horta atrás da casa...
A rede amarrada na laranjeira...
As calças rasgadas pelo escorregador de cimento.
“-Cuidado a cobra!”
“-Puxa, ainda bem que a mãe mandou usar botas”.
Nossa, a Hortência!!!
Nunca vi égua mais magrela do que aquela.
E os irmãos Pigs e sua mãe, que pena nasceram porcos...Ceia de Natal.
Como me esquecer dos pés de pinhão tenho nas costas até hoje as marcas dessa feliz descoberta de criança xereta.
E a pitangueira, amiga intima que nos seus braços me acolhia e protegia quando do mundo fugir eu queria.
Daquela época nem fotos, nem filmes...
Apenas pensamentos saudosos restaram.
Ah! Quanta saudade de ti, infância...