Muralhas de açúcar

Tu desfaz meus muros

como se fossem de açúcar,

e eles caem, enquanto lágrimas caem.

Você consegue quebrá-los.

Eles são como caramelo frio.

Resistente, firme.

Mas que de tanto chover um dia desmoronam.

Eu me sinto vulnerável,

esses muros costumavam deixar-me a alguns metros de distância dos outros,

e de possíveis fracassos , possíveis tristezas, possíveis remorsos.

Mas aí tu vens,

com palavras tão doces quanto minha muralha de caramelo,

e ela se derrete em lágrimas.

Embora eu me sinta... nua,

tu és muito melhor do que qualquer muro que eu possa criar,

pois o muro é frio, me deixando numa escuridão triste, solitária... e vazia.

E tu és morno, és quente, és doce, me deixando preenchida...

Só luz, só luz... e melodia.