eu (neste momento)

Poderia-se dizer que uma agnóstica porque de nada duvida e de nada está certa. Mas prefere não dar nomes, embora adore dar nomes as coisas. Agora e sempre é uma confusão cheia de realidades verdadeiras e subjetivas. Uma dialética permanente. Mas que ao mesmo tempo se agarra apaixonadamente à certezas momentâneas e eternas. Eternas porque de certa forma eram verdade se o foram por um momento. Não há a mentira e nem a verdade absolutas. Não há o absoluto, embora adore as hipérboles. E ao mesmo tempo não deixa de haver. Toda essa parcialidade que compreende tão bem as pessoas não deixa de ser um impasse constante. Não se sabe se é virtude ou se faz dela parcial demais. Contrariando tudo é tudo muito intenso. Talvez nem seja tão contrario assim. Tudo pelo que se apaixona ganha brilho e verdade. Ganha força e vontade. São as verdades no instante em que existem. E para sempre num ponto da historia de si mesma.

É estar com os amigos à mesa de um bar ao ar livre, um poste de luz amarela, bebendo qualquer coisa e conversando sobre o mesmo de sempre, ao amanhecer. (até o poste de luz apagar). É depois de vinte e quatro horas sem dormir, à beira de um lago, sentados à grama, ver o anoitecer num abraço inesquecível. É essa vontade de retornar ao Lar, em suas diferentes materializações.

Elle Henriques
Enviado por Elle Henriques em 29/04/2008
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