Teoria dos Elogios

Primeiramente devo explicar a minha teoria, que deve ser bem recebida (eu espero, claro!). Há três tipos básicos de elogios: os gerais, os de personalidade e os de corpo.

Os elogios gerais são, é claro, gerais; e por isso mesmo largamente utilizados no dia a dia. Os gerais elogiam sem elogiar, pois falam bem ao mesmo tempo que não especificam a que são referidos.

Ex.: “Você está bonita hoje!” (quer dizer que ontem estava feia?)

Já os elogios de personalidade, principiam uma classe mais elaborada, classe essa que não podem ser feitos nem todos e nem à todos.

Os de personalidade são comuns entre amigos e cônjuges, pois necessitam de um conhecimento maior da pessoa a se referir. Eles têm que ser devidamente medidos e pesados, pois ao mesmo tempo que podem elogiar, podem também ofender (depende muito da personalidade da pessoa e da circunstância momentânea).

Ex.: “Fulano, você é liso como bagre ensaboado!” (bem sabemos que a uns essa frase soa positivamente, mas outros podem se achar profundamente ofendidos).

E finalmente, os elogios de corpo. Bem, esses requerem, não só grande proximidade, mas também cumplicidade entre o elogiador e o elogiado.

Os elogios de corpo são próprios dos cônjuges, namorados, noivos e amantes. Como qualquer dos citados pode se considerar amante, será este termo que usarei (não vendo assim apenas como uma relação extra-conjugal, mas como toda e qualquer relação a dois).

Também chamados de elogios ardentes, os de corpo especificam, é claro, o corpo como objeto dos galanteios. Tal acontece entre grandes amigos também, que etiquetamente podem elogiar-se uns aos outros sem compromisso. Neste caso especifico, ao contrário dos demais (incluindo os de personalidade mais populares), pode-se usar linguagem vulgar, sem deixar de ser considerado um elogio.

Este é um recurso muito utilizado na arte da conquista, sem que ao longo do relacionamento se perca a liberdade de continuar a elogiar o corpo da (o) amante.

Ex.: “Queria estar a sós com você pra apertar estes peitos”. (bem se vê a liberdade dos amantes em dizerem isso no ouvido da companheira, sem que ela possa julgá-lo um tarado).

A partir destas simples explicações acerca do assunto que bastante meditei, espero ter ajudado a entender quão complexo pode ser um elogio, e até onde vai a liberdade de cada um ao elogiar.

Thiago A Almeida
Enviado por Thiago A Almeida em 01/05/2008
Código do texto: T969810
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