Nulo sentido

Quantos sois, será preciso descer, no horizonte para eu começar a te ver?

Sim, olhar em seus olhos e não ver um ideal, mas seu real, meu real?

Quero seu silencio, pois nele crio o que acho que você é, mas desnudo-me, você é cego!

Diz que me deseja, a todo momento, ainda espero de seus lábios novidade.

Isto é fato, a que meus ouvidos acostumados, quase se entediam...

Sou apenas carne torneada, que queres conhecer com as pontas dos dedos.

Mas têm em mim mais segredos, que seria bom tentar desvendar...

Cantando eu choro meus lamentos, e você nem percebe tais momentos meu implorar

Tem apenas seu egoísmo mesquinho, seu narcisismo incontido, que invade meu espaço

Seu tolo devasso, filho dos lamentos infernais, de você nunca quis mais que sinceridade!

E você gritou a liberdade de continuar nesta prisão, sem razão! Doentio!

És sem face, está em toda alma masculina, esta fálica sina que não é nada alem de nada.

Sinto, então, quase pena, deste conjunto de alma pequena e corpo forte, sem sorte.

Foi negado seu direito de sentir e gritar, não aprendeu? Quem não deixou?

Ah, como é louco meu olhar, meu sentir, minha insanidade devastadora de esperança!

Quero hoje, punhal e lança, finda a vida que me pesa sem pena, admitir a covardia plena.

Estou sangrando e gemendo, com a alma tremendo e temendo, este silêncio que me permite pensar.

T Sophie
Enviado por T Sophie em 15/05/2008
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