A mulher do patrão...

A danada só tem trinta anos...

O perfume avisa quando ela “tá“ chegando...

Entrega o chapéu pra eu guardar,

Dá sempre um jeito de esbarrar,

Pede desculpas dando um jeito

De passar a mão no meu peito...

Essa mulher quer me enredar...

Pede “por favor” olhando tudo na gente,

Sempre traz um presente

Com a desculpa que era coisa sem uso,

Ela quer mesmo é me deixar confuso...

Hoje que o patrão viajou

A “bençoada” parece que pirou!

Me mandou selar os cavalos e levar ela no açude...

Ah, Juvenal... Vê se não se ilude...

A coisa “tá” ruim, no galope ela perguntou pra mim

Insinuando se vou ficar solteiro até quando...

Ela “tá” com arte, logo que desmontou pediu

Pra eu ficar de costas...

Hoje eu quebro a promessa e perco a aposta...

Quando viro, não acredito! Ela não trouxe maiô,

“Tá” de lingerie, a coisa se “danô”!

- Licença patroa que eu vou amarrar os “cavalo”...

- Deixe disso que eu sei que o teu apelido é galo!

- Dona... Cuidado que eu não resisto!

- Vem, que eu sei que você gosta disso...

Depois desse dia continuo solteiro,

Só não continuo sozinho...

Tenho até prata no meu isqueiro,

Divido o tempo entre a lida e caminho

Das águas daquela lagoa

Onde tomo banho gelado

Pra apagar o fogo da minha patroa...

Sandro La Luna
Enviado por Sandro La Luna em 26/11/2008
Código do texto: T1304526
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.