SEM CHIQUÊRO ELEITORÁ

Defendo o Brasi caboco

cum mais voiz nas capitá,

votano de corda sôrta,

sem chiquêro eleitorá,

de cabeça alevantada,

matuto infruíno lá.

Mas porém vai sê possive

essas coisa acontecê,

na veiz de quando o sertão

votá certo, pra valê,

nuns mandachuva do povo

sem tê fome de pudê.

Só que nossos pai da pátria,

pensano nos seus umbigo,

passa no rabo os din’êro,

e num tem pão sem tê trigo,

pois eles, encheno as tampa,

é dos povo uns inimigo.

O meu Brasi capiau

abra os ói, cum atenção:

vem aí munto mão suja

cum “ficha limpa”, ladrão,

já qui as demais safadage

num se diz nas inleição.

Todo cuidadim é pouco

nesses tempo eleitorá,

e vosmecê num fuja

de um voto valorizá

– ele faz função de arma,

quando as inleição chegá.

Das urna, ali no buraco,

oh cidadões sertanejo

e tombém os praciano,

vamo as mão dá, no insejo,

ou seja, votá certim,

segundo os nosso desejo.

Fort., 06/05/2010.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 06/05/2010
Reeditado em 06/05/2010
Código do texto: T2240398
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.