" Pé de Bananeira"

Tudo era novidade

Quando vim morá na cidade

Aquelas casona tao arta

Tão maió qui minha casinha nu matu

Us passarinhu intão briava

Qui nem prata num céu cinzentu

Aí fui venu e aprendenu

Qui si chamavam vião.

As rua daqui tudu larga

Umas cuberta de preda

Otras pintada interinha

Ô sodade da minha casinha

As arvre tamém descuidada

Num era iguar as minha

Anssim cheia de paper pindurado

Ô saudade da minha casinha

Tudu muitu enduricidu

Tudu mundu anssim pressadus

Gora memu largu tudu e vortu

Pronde as aves fais reinadu

Nem um pé de bananeira

Eu incontrei pur aqui

Só uns pau cheinhu de lampa

Infiandu nu chão anssim

Num queru continuar sofrenu

Nessa cidade de locus

Vortu hoje pru meu cantinhu

Bunitinhu e conchegante

Aqui fiquei i isprimentei

To venu que num vale a pena

Se enchê de novidade

E ficá nessa cidade

Meu coração é sertaneju

Só di paz queru vivê

Deitá e durmi numa rede

Dexá a vida cuntecê

Eliana Braga

Gaivot@

01/09/06

Campinas/SP/Brasil

Esta Prosa Poética foi criada e dedicada para o meu querido amigo, Sertanejo de alma e coração, João Carlos Vargas, que lá em Balbinos/SP vive feliz desfrutando de tudo que o sertão pode oferecer, aproveitando inclusive o que o sertão tem de melhor : A Paz!

Forte abraço meu grande amigo!

Esta aqui vai pra você!

Eliana Gaivota
Enviado por Eliana Gaivota em 02/09/2006
Reeditado em 23/10/2006
Código do texto: T230746
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