Jeca e o Poeta

Em terras de meu Brasil

no sertão de Minas Gerais

Morava o "véio" Jeca

um leal capataz.

Que com seu jeito matreiro

cuidava da fazenda do Dr. Crispim.

Trabalhava duro, o dia inteiro

numa labuta sem fim.

Jeca, apesar de sua idade e cansaço

jamais se esmurecia.

Com uma força que não estava apenas nos braços...

fazia todo seu trabalho com alegria.

Quando a noite chegava

depois de no riacho se banhar.

Jeca a sua velha viola pegava...

pra algumas modas tocar.

Em volta da fogueira

cercado por amigos matutos

passava a noite inteira

sentindo-se absoluto...

Jeca não era apenas um bom vaqueiro

e exímio capataz.

Era a sua fama de violeiro

que corria por toda Minas Gerais.

Deixo aqui a minha homenagem

como bom mineiro que sou.

Lembranças de minha viagem

a uma cidadizinha do interior

Foi no encontro do "veio" Jeca com o poeta

que nasceu esse poema.

Na vida só se acerta...

quando se valoriza o que vale a "pena".

Nivaldo Duarte
Enviado por Nivaldo Duarte em 29/04/2011
Código do texto: T2938644
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