SABÊ E CURTURA




Pra quê sabê professô?
Seu saber não me selve...
O que eu perciso o Sinhô
Pode me dá, num deve...

Se fosse pra eu escoiê
Muntas coisa eu quiria
Principarmente o cumê
Pra eu sustentá a famía...

Num quero esse seu sabê
Que me atrapáia as idéia!
Quero é, pelo menos tê,
Casa e comida, né véia?


Excerto do Poema 'Sabê e Curtura'

A lógica do capital humano transforma seres humanos, em números, simples estatística isenta de identidade cultural. A educação e o ensino são colocados nesta lógica como sinônimos, ilógicos e impróprios, porque a educação deve ser para exercer dignamente a vida, a cultura. E o ensino? Este, precisa ser regionalizado, para que o saber que o professor professa, seja elemento humanizador e implementador da cultura em cada região. As riquezas locais dos usos e costumes devem ser valorizadas no ensino, isso passa pelo tratamento diferenciado que se pode dar ao livro didático, e a promoção do ensino-aprendizagem nas relações entre alunos-alunos-professores. É o aprender a aprender. Assim apreendendo o ensino, como trabalho para exerce a vida, não apenas apreender conteúdos sistematizados nos livros, mas elevar noções do censo comum a categorias mais amplas, que permitam o educando despertar para o exercício de sua cidadania, no seu espaço imediato, sua casa, sua rua, sua cidade, seu pais e o mundo, como um grão de areia no universo.
In: Excerto do poema de Ibernise ' Sabê e Curtura'.


Ibernise.
Indiara (GO), 04.02.2007.

* Núcleo Temático Educativo.
Direitos autorais reservados/Lei n. 9.610 de 19.02.1998.
Poema Inédito
Ibernise
Enviado por Ibernise em 28/02/2007
Reeditado em 06/10/2011
Código do texto: T396659
Classificação de conteúdo: seguro
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