Filho de Urucará
Em 11/12/2013
Sinto algo em meu peito
Um fogo ardente de paixão
Que me diz quando se acalma
Que sou filho desse chão
Tenho no sangue das veias
A prova de toda verdade
No meu andar de caboclo
A maior identidade
Não tem como negar
Nem tão pouco disfarçar
Pelo meu jeito de ser
Sou filho de Urucará
Sou assim meio matuto
Também um pouco da cidade
Pois vim para cá
Estava com pouca idade
Viajei com muita tristeza
Que cheguei até chorar
Com saudade da jóia rara
Meu amado Urucará
Sonhava, sentia saudade
Chorava que nem criança
Mas sempre guardava no peito
Lembranças da minha infância.
Apesar de estar longe
Sempre vou lhe visitar
Guardo no peito esse amor
Que nunca há de acabar
A felicidade é plena
Quando estou no meu torrão
É muita paz, é harmonia
É amor, é gratidão.
Apesar do longo tempo
Tenho muitos conhecidos
Muitos para o céu se foram
Outros, parentes e amigos.
Eu jamais vou esquecer
E nunca deixar de lembrar
Nem mesmo quando estiver bem longe
Do meu berço Urucará.
O amor é infinito
O gostar é de paixão
É por ti Urucará
Do fundo do coração.
FIM