ALVORECER NO SERTÃO
Quando a chuva toca o chão
Molhando o singelo torrão,
Tão alegre a criatura!
Que anseia com brandura
O alvorecer no sertão.
Aquele cheiro de terra...
Que toda beleza preza
O despertar de uma semente:
Renascendo estridente
Num recantinho da serra.
Ao amanhecer do dia
Toda aquela euforia!
Contemplando o Sol raiar,
Logo canta o sabiá
Parodiando a melodia.
Logo cedo, já de pé!
Vai preparando o café...
Provocando o paladar.
Pega enxada e a pá,
Põe a "botina"
e bota fé!
Cabra forte; Homem da roça
Não foge a luta
Nem perde a prosa,
Mantendo viva a tradição
Pedindo a Deus em oração:
Que nunca lhe falte a Rosa.
Evanio Teixeira