SERRINHA

É cercada por serras,

É uma urbe do interior.

Fora lá que nasci

Não nego meu ardor.

Um povo sofrido e carente,

Chora, mas sempre aberto o dente.

Planta para viver

Não deixando de cantar pra valer.

A cidade Hoje se modernizou

A nova geração

Da roça espantou-se.

Os antigos compõem a canção.

Era uma chuva de verão,

O cheiro de terra molhada

Subiu numa divina proteção

A cada pessoa enamorada.

Tanque grande, um mar...

Imensidão de água doce

Povoado de mesmo nome

Agradasse quem quer que fosse.

Sua feira abastada

em artesanatos da região.

Vendiam seus produtos

propagando os costumes da nação.

A chapada pela luz da lua,

Estrelas era iluminada.

E mesmo assim o povo

Não ficava longe da cultura abrasileirada.

Campeava plantando Manaíba

Não só para nascer mandioca,

Também fazer florescer

Para sempre minha vida...

12/11/01