Teofilândia, o cheiro do sertão

Que maravilha!

Olhar cada rosto,

Sentir o seu cheiro,

Apalpar sua terra,

Abraçar o seu povo,

Viver seus recantos,

Nas suas ruas,

Nas suas praças,

Ouvir histórias,

Dar risada,

Chorar, viajar.

Essa terra, que um dia foi caldeirão,

Lugar perdido no sertão,

Desbravada por homens dignos,

Personalidades, nossos patriarcas:

Os Oliveiras, os Mouras,

Os Ferreiras, os Araújos,

Nomes e sobrenomes,

Casais que viveram num paradisíaco e vivem num paraiso

Tiveram filhos, grandes proles.

Ah, Teofilândia!

Terra dos sonhos, da felicidade.

Um dia foste Pedras: forte, resistente,

Base de sustentação, registrada na história

Banhada por águas cristalinas,

Cercada de mandacarus, palmas.

Foi receptiva: terra abençoada pelo Criador,

Digna de ser como um castelo

Fortificada pelas torres

Protegida por guerreiros

Como num conto de fadas

Encanta

Exalando magi3a, beleza.

Crescente foram seus dias.

Assim, como numa metamorfose,

Mostrando sua face ao estado da Bahia.

Foi parida na hora certa

Aparada pelas Marias Viúvas

Mimada pelos Teófilos, Barachos e Vitérbos

Reciproquicidade maternal

Nasceu para ser mansa

Envolvida num céu azul brilhante,

Sempre vigiada pelo astro-rei,

A cada amanhecer,

Abraçada pela natureza,

Perfumada como as flores,

Num jardim de sonhos.

Teofilândia!

Maravilha cravejada na terra seca do sisal,

Quem parte leva saudade,

Deixa o sorriso, não esquece os amigos.

Relevo harmonioso,

De sotaque marcante

Formatado na palma da mão

Ecoando nas caatingas

Nas pegadas de bois, sou orgulho

Quatro vizinhos a me aquecer,

Em constante amizade.

Diógenes Antônio Oliveira