DILEMA DE POETA

Eterno dilema,

escrever,

ser correspondido,

nem no cinema,

se é

tão atendido,

é poeta no céu,

com que se cobre,

na sua humildade,

sem escarcéu,

com

precariedade.

Os poetas que são

poetas,

morrem novos,

tamanha emoção,

devotados

aos “povos”.

É precária,

esta vida,

vive-se o inverso

da destinatária,

que a vida

nos teve como verso.

Porque ser poeta

é fado é dom,

a que fugir não se

pode (espoleta,

explosão),

quem sabe que?

Jorge Humberto

22/01/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 22/01/2011
Código do texto: T2745959
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