Preconceituosos Desrespeitosos Intoleráveis.

Chacoteia então, palhaço bom vivã;

Escarnece de mim agora, pois, para frente, não mais poderá.

Que poderei eu fazer agora se, agora, nada tenho com que revidar?

Mas, espere, que ódio é esse que, por hora, desceu sobre meus dedos sombrios, caro mio?!

Que tensão de fé eu sinto agora em meu frágil pensamento de rato!

Em meu mundano coração de fogo, que só aquece mas não queima, sinto o pesar

Das horas calmas pastando por onde o gado não pasta - mas só agora. Só agora!

Agoura então, mestre do impossível;

Modula sobre teu menosprezo e zela para que haja fé.

Flutua por onde o vento te leva e diz que nada faz sobre mim.

Mas diz para todos, que é para todos ouvirem teus declames.

E senta aqui comigo agora, para que eu possa repousar em teus ombros largos

Como o menino que procura o avaro das sombras do pai. Do Pai.

É só agora, que rezo por Ti, Pai. Foi só agora que descobri não ser um nada.

É só agora que sinto o vazio aqueles que sabem de algo.

Ajuda, por fim, para que eu possa não mais sentir saudades de casa.

Que eu possa então repousar em paz sem que haja algum desfavor.

Que o favorecido sejam minhas pernas repousando sobre uma cadeira macia.

Que eu viaje em paz sem a demagogia da culpa dos erros inefáveis;

Que me sinta em paz na hora de jogar meu próprio lixo, que eu seja o prório lixeiro e não sinta vergonha de pegar as migalhas dos outros.

É só o que sinto é a culpa de ser intolerável a qualquer olho nu.

Vistam os seus olhos e vejam minha superfície que é igual às suas.

Vejam que minha alimentação é de esperança de devotos de uma sociedade descriminalista.

Meus peitos estão arregaçados juntos com minha manga,

Meu ventrículo esta disparado e desetruturado pela falta de tolerância dos intocáveis.

Desprimoradas são as formas de vivência de uma rotina pouco saudável.

Pois sinto saudades de andar livremente entre a calçada da fama.

Tenho saudades de quando me viam sem a fama de qualquer coisa,

Quando não julgavam meus conceitos sem preconceitos e viam minha arte com respeito.

Eu sou o artista que se alimenta pelas suas mucosidades, suas falsidades retratam minha insatisfação por uma nação sem apelo.

Revidencio a satisfação de preconceitos de um ignorante mal reverenciado pelo seu pênis pequeno.

Não tenho culpa que ele seja pequeno.

Não tenho culpa que sua rotina faz vivenciar com minhas poesias.

Eu digo o que você quer ouvir e isso te irrita. Me irrita seu preconceito.

Irrita-me essa sociedade,

Só tem preconceituosos desrespeitosos intoleráveis em um século vinte um!

Renato F Marques
Enviado por Renato F Marques em 11/04/2011
Código do texto: T2902134
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