Desinteligência

Por muitas vezes um tudo revive o nada

E o afago da borboleta pela flor não é restaurado

E enxergamos o cárcere como um verdadeiro vício

E a vida vivida fácil é um desperdício.

Nem sempre o fruto da planta é a maçã

E o arrependimento nos espinhos volve cascata

Jogar? Quando o jogo é a própria vida?

É a fraqueza da matemática inexata.

Sempre é procurado o que nunca foi perdido

Pois aqui se encontra o fraco que diz ser campeão

Puros dissídios, jamais são crase.

Que vence o enunciado com a junção.

Foi jogado no trânsito um cigarro acesso

Depois de uma breve tragada

Foi cuspida a única lanchonete da cidade

E a conta na carde neta foi rasgada.

Foram aplaudidos os ídolos mijões

Pelo favor de deixarem a rua molhada

Foram presos os que tentaram rebelar

E foram mortos os que não disseram nada.

É valorizada a mera cultura surda

E a minha poesia faz menção

Puros dissídios, jamais são crase.

Que vence a frase com a junção.

Uilson Silva
Enviado por Uilson Silva em 15/07/2011
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