Meus Dias Eram Tristes Que Só eu Sábia Chorar.

Meus dias eram tristes e só eu sabia chorar.

Minhas lágrimas eram pedaços de mim, que caíam no chão e me faziam pecar.

Eu pecava entre uma palavra e outra.

Eu era como um mendigo. O inverno era o pior período, pois sentia o frio entre as minhas entranhas.

Mas de tanto me acostumar, às vezes, o frio me aquecia no silêncio de um vento.

Espaventos eram meus sonhos, pois eu acordava com a esperança e dormia com a desconfiança.

Meu olhar era profundo de solidão.

Meu sorriso nem existia de tanta ingratidão.

Eu era um jovem e, ao mesmo tempo, era um homem.

Pois ia à luta cedo, mas era uma luta interminável.

Maneável era a minha paciência com a qual esperava os males que vêm para o bem.

Mas, no sopro de um refúgio, apenas ouvia os gritos de um tumulto: era a era da revolução dos dias melhores.

Porque dias piores não poderia conhecer, pois já vivenciava a vida desarmada.

Revolutos foram às substâncias de uma vira volta, mesmo que seja meia volta, mas começou o pouco imaginado. “O jovem vira um sábio entre os inimigos.”

Já entre os esquecidos vira um “Deus”, pois ele representa a nação dos esquecidos dos pouco favorecidos.

O jovem de paladar frio aquece e adoça a vida.

O espavento se foi, o sol surgiu, as nuvens embranqueceram, e a esperança compareceu o dia todo.

Já a desconfiança enfraqueceu como um vento que perde as forças.

Só não espero que vocês façam como fizeram com Jesus Cristo, agradecendo-lhe pregando-o numa cruz, jogando pedra e cuspindo.

Renato F Marques
Enviado por Renato F Marques em 05/09/2011
Código do texto: T3201510
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.