A CRIANÇA QUE CARREGO
 
Não é sempre que eu falo do começo da vida,
Eu não o esqueço, simplesmente por não falar,
A criança que ficou lá para trás, em mim existe,
Cresceu comigo, vive em mim e a tudo resiste,
Somos felizes juntas, sequer preciso murmurar.
 
Começo da vida, o início de uma longa estrada,
Subidas, descidas, brejos, lajedos escaldantes,
Aprendizados mil, que eu carrego na bagagem,
Repassando-os a quem queira, sem camuflagem,
Companheiros do hoje, mesmo os mais distantes,
 
Cresça eu sempre, nesse mundo de esperança,
Fazendo crescer o outro, unindo os conheceres,
Dentro em mim e em você, cresça nossa criança.
 
                 Rio, 28/10/2011
               Feitosa dos Santos