Consolo e Convencimento

Não é de hoje que os fios de cabelos brancos começaram a surgir na minha cabeça.

Mais do que um simples denunciar da idade madura,

eles anunciaram ao mundo a transformação definitiva do meu próprio ser.

A partir de então,

não poderia mais me dar ao luxo dos sobressaltos,

da expectativa de ilusões efêmeras,

do imediatismo de emoções transitórias

pois, logo adiante, na primeira dobrada de esquina,

só me iriam causar transtornos e sofrimentos.

Sei, no entanto,

armado com a razão da própria razão

e com a experiência da própria experiência

que, com o ser humano, as coisas quase nunca são assim.

Queremos, sempre a a todo o custo,

experimentar as sensações novas,

o prazer juvenil da renovação

e o sentir da brisa dos ventos do amor

a nos ventilar o coração a qualquer momento.

Por mais sensatos que tentemos ser.

E por mais cicatrizes

ou chagas abertas

que estejam em nós,

ainda gritando:

Não faça!

Aí, me ocorre uma frase apócrifa

que anda aí pelos sites de cultura inútil,

e me consolo com ela.

Não! A palavra não é consolo.

A palavra é convencer.

Me convenço totalmente com ela:

“Preocupe-se mais com a sua consciência do que com sua reputação.

Porque sua consciência é o que você é,

e a sua reputação é o que os outros pensam de você.

E o que os outros pensam, é problema deles”.

Mark Rebew
Enviado por Mark Rebew em 26/01/2012
Código do texto: T3462477
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.