Foto de Feitosa dos Santos - Recantos do Brasil

NO JOGO DA VIDA

 
Eu precisava sair do sono profundo,
Respirar o ar puro e avivar a alma,
Eu precisava ver a luz que ilumina,
Sentir a brisa, olhar o mar acalma.
 
Ontem já passou e o amanhã já vem,
Resplendente virá os raios dessa luz,
No caminho sem pedras e espinhos,
Vou-me indo ao futuro, o que seduz.
 
No tempo ido não contei as lágrimas,
Não contei espinhos, os que cravaram,
Não lembro as quantas pedras chutei,
Não recordo os quantos fardos levaram.
 
Sigo titubeando pela trilha almejada,
Que certa feita eu não mais a procurei,
Veio a erva daninha a trilha encobriu,
Uma por uma pelas raízes arranquei.
 
A vida nunca me foi madrasta bem sei,
Deu-me ouvidos a ouvir e olhos para vê,
Concedeu-me inteligência e sabedoria,
Queira Deus aos outros também conceder.
 
                Rio, 08/02/2013
              Feitosa dos Santos