O ABEGÃO.

Canta o galo de madrugada

Lá no campo da bem-posta

Já o abegão de cara lavada

Está a caminho da encosta.

Vai com passo apressado

Leva o almoço para comer

Não pode chegar atrasado

Há muito trabalho p´ra fazer.

Vai deitar a semente á terra

Para ter uma boa colheita

Semeia a planície e a serra

Regressa cansado e se deita.

O galo já deixou de cantar

O abegão não vai ao campo

Na serra há mato a verdejar

Em casa há choro e pranto.

LuVito.