PINGUELA


Nos momentos do trabalho o caminho era atravessar
Na pinguela, não havia ponte na época, área rural.
Segurando em um parecido corrimão de luxo evitando
Desabar no rio, riacho se tronava necessário para
Ofício executar com resultado satisfatório profissional.

Como fibra de aço enfrentava tudo como terapia.
Falatórios pelo absurdo se comentavam o fato.
Havia momentos eternos com carinho e emoção,
No encontro marcado com o amor da ocasião.

Testemunha ocular no que acontecia por lá,
Junto aos servidores guerreiros  na área escolar.
Com chuva sol tudo preparava desde a palavra
Escrita e explicação verbal, comandando a situação.
Chegando a hora do rango e sede, difícil se tornava.

Um anjo presente organizava uma galinhada farta.
Sendo difícil a água, tomava a mesma de um tubo
Da parede de madeira reinada na região, sem filtração.
Ninguém ficava doente com o abençoado líquido.

Trabalho incansável, mas o amor transbordava vitória.
Amigos não faltavam, gente de quase todas as regiões.
Profissionais em áreas diferentes melhor queriam ganhar.
Sonhos realizados por gostar do curso estudado.

Saudades da terra natal não faltavam, na capital lugar
Mais adiantado perto do interior já havia avião.
Tudo arrumado seguia com outros visitando os seus.
Quanta distância aérea, mas valia a pena enfrentar.

Uma festança de cá de lá comemoravam os dias
Em que na terrinha de origem, os demais aplaudiam
O resultado da ousadia corajosa, combinado retorno
Do tempo em que um dia todos voltariam de vez.
Dito e feito, deixando grandes amizades voltando
Ao torrão natal, feliz pela aventura acertada em cheio.

Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 01/06/2014
Reeditado em 01/06/2014
Código do texto: T4828113
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