AUTOFÁGICA INVEJA

Cega inveja que alveja esta face velada que se revela.

Solo infértil, carcomido.

Estéril terreno corroído; autofágico, sem sentido.

Rasteja nas sombras do infortúnio, vil gatuno!

Punguista egoísta subtraindo o alicerce de quem cresce.

Teu umbigo, bigorrilhas, não é o centro do universo!

Tu não tens rima, não tens verso.

És apenas o reverso, o retrocesso.

Não vibras com o universo.

Não tens apreço.

Só enxergas etiqueta e preço.

Nem tens endereço.

Apenas um vago e vazio começo.

Este é teu preço!

Não te mereço!

Ramiro Jarbas

31.07.2017