A Inspiração

Por vezes, ela chega sombria

Como um demônio a possuir o ego,

Que, sórdido, escraviza a alegoria,

Do intelecto cego.

Por vezes, coloca-se nua

Cravejada de tentação crua.

Embotando toda lógica,

Pelo escarlate de sua erótica.

Por vezes, faz-se verme,

Carnívora besta viscosa.

Que sempre lancina argilosa.

Por vezes, sai de regurgito...

Em desrespeito a sina alarmada

Que a torna tão ovacionada...

Rodrigo Leme de Oliveira
Enviado por Rodrigo Leme de Oliveira em 30/08/2017
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