A Inspiração
Por vezes, ela chega sombria
Como um demônio a possuir o ego,
Que, sórdido, escraviza a alegoria,
Do intelecto cego.
Por vezes, coloca-se nua
Cravejada de tentação crua.
Embotando toda lógica,
Pelo escarlate de sua erótica.
Por vezes, faz-se verme,
Carnívora besta viscosa.
Que sempre lancina argilosa.
Por vezes, sai de regurgito...
Em desrespeito a sina alarmada
Que a torna tão ovacionada...