SERTANEJO VALENTE
A morte atrevida
Persegue o sertanejo
Na seca no sertão
A foice e seu desejo
De seifar mais um vida
Com o sofrimento do irmão
Mas valente como o Juazeiro
Que mesmo sem chuva o ano inteiro
Tá lá, esbelto e verde
O nosso homem do campo
Contra tudo vai lutando
Pra matar sua sede
Sede de justiça
Sede de igualdade
Sua luta se atiça
Na sua diversidade
É o amigo sábia
Morão que nos dá
O dinheiro pra miuça
Que sede o leite pro rebento
Acalmando o tormento
De um pai angustiado
E quando o tempo relampiava
Lá pras bandas da serra
João de-barro encerra
Sua agonia sem teto
Coan anuncia
A chegada do inverno.
SERTANEJO VALENTE
Fred Coelho - 18/10/2017