A PRISÃO DO SARNEY

A PRISÃO DE SARNEY

A prisão de Sarney

Em Brasília causo rebuliço

Foi como bem no meio

Tivesse caído um corisco

O meio politico ficou em pavoroso

Com a notícia publicada

Pois aquele homem seu moço

Nunca sentiu a espada

Da combalida justiça brasileira

Até então, era dito intocável

Mas naquela segunda-feira

O japonês não foi amável

E conduziu a velha raposa

Muito cedo de manhã

Pro barbeiro fazer a tosa

Pra tristeza dos seus fãs

Sua filha e sua nora

Seus primos e suas irmãs

Estavam todos agora

Falando mal da nação

Pois seu advogado

Disse que não foi justa

Aquela sua prisão

Pois deixando de lado

As provas do procurador

Todos ficaram calados

Com o fato que gerou

Aquela maltida sentença

Pois tinha gente da imprensa

Fazendo até aposta

Que mechendo naquela bosta

A vida de muitos ficava tensa

Pois aquele político secular

Sabia de quase tudo

E goste quem gostar

Se começasse à falar

Por meio da delação

Na velha capital

Não escapava um cristão

Pra se fazer um chá

Mas qual a minha surpresa

Era tudo notícia falsa

Realmente quem foi presa

Foi Maria José Sarney, dona do cabaré

Uma puta muito metida

Com a venda de maconha

E pra sua infelicidade medonha

Ofereceu para o china

Um caboêta da policia

Que brigou com a namorada

E foi da uma trepada

La pras bandas do puteiro

Comprindo com a sua sina

De caçador justiceiro

Delator a meliante

E a polícia civil chama

Um repórter porta de cadeia

Nas tramas de sua teia

Aproveitou por instantes

Aquele nome, pra ganhar fama

E divulgou a notícia

Da prisão do presidente

Confundindo seus parentes

O procurador e o país

Com tamanha invenção

Que ninguém jamais quis

Nos jornais estampadas

Fabricada nas entrelinhas

Das notícias falsificadas

Da fama que não tinha

Mas agora encontrada.

FRED COELHO / 2018

Fred Coelho
Enviado por Fred Coelho em 31/03/2018
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