Um Brinde

Um brinde aos reles

que em um primavera me encaminharam a sina

de que em meu refúgio tu me quereles

de que em meu refúgio me assassina

É chegado a hora maciça

que um açodado não é capaz de abalar

de réu ignóbil na missa

de canto alcança encantar

Que minha natureza transborde vida

os júbilos no cerne desvanecidos venha a soar

que de teu peito encontro uma jazida

um opalino cálice de vinho sempre a usurpar

Manta de bruma que me maquiou

futuro caótico não posso safar

a luz do céu que me guiou

dela não pude dissipar