CIÚME & POSSE

O nascer tem a mão da divindade

Mão sagrada no rico conceber

No ventre já se entende a realidade

Do mais sã emaranhar do acontecer.

Esse tecer é ideado com amor

Um amor que liberta da prisão

Onde os anseios imperam com fervor

E o ciúme não condiz com a razão.

O ter ciúme é um esmero exagerado

Faz menos mal que a sensação da posse

Não abafado deixa o outro maltratado

Pois aprisiona sem direito a endosse.

A posse é uma moléstia dolorida

Que descontrola as regras do viver

O enlevado não mais vive a sua vida

Sofrendo para conter o outro ser.

Amar sadio é ter o outro em liberdade

Sem o abuso do ciúme sofredor

O desconfiar desarruma a verdade

De almas que vivem na essência do amor.

José Maria
Enviado por José Maria em 26/11/2018
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