O que é o Brasil?

Afinal, estanque o sangramento do meu peito e de quem sente.

Responda quem puder, culpado ou inocente, este povo, esta gente.

O que é isso, nação, país, nova civilização.

De onde é a raiz destes ramos, tanta merda e confusão, ninguém sabe quem tem razão, prende inocente, solta ladrão.

Desde eras, um povo escolhido, acepção, perdoe me senhor o atrevimento.

O sangue do amor, colocou todos no mesmo nível da balança.

Porque não se pesa, não confere a ignorante lambança.

O negro/preto, pobre, índio, o humilde, que fardo carrega estes galhos.

Troncos açoitados.

Hoje, tecnologicamente, a ciência que pressiona e continua a violar a gente.

Disfarçada em sociedade.

Todos nus, do fio de cabelo até a ponta dos pés.

Sofrem rebeldes, arrependidos e até fiéis.

Quantas tribos, quantas fontes.

Qual o segredo, que tantos afrontes.

Seria Brasil uma grande prisão.

Asas enganosas, mentes em porões.

Quem manda no país.

Quem é dono dessa gente.

Quem desvenda essa teia milenar.

Câmeras ocultas dentro de cada lar.

Pátria.

521 anos.

O antes, o índio, a história onde estar.

Quem vingou quem, e agora, o que vem.

Diga João, qual o dia apocalíptico.

O amor cada vez mais paralítico.

O mundo inferno político.

Semelhante.

Homem.

Errante.

Não aguento.

Sangue e pranto.

Meu coração não cessa em derramar.

Giovane Silva Santos