O deserto ao meio dia

Cada dia navegando pelo deserto de areia escaldante,

Sem vida e com abutres esperando a tua morte ínfima,

Não parava de andar de que não caia em passo errante,

Porém ficou pequena pergunta, resumida em um enigma.

Com o camelo viajou-se durante dias e noites penumbrosas,

Escorpiões se aproximavam a noite perto do frio desértico,

Na fogueira ardiam os poucos galhos de formas amorosas,

O animal não aguentava mais então disse a mim: fico.

Desistindo de continuar a viagem ao meio dia efêmero,

A temperatura passava dos cinquenta graus positivos,

O viajante perseguia relativamente o seu rastro,

Não sabia certamente por quantos tempos iam ficar vivos.

Entre a metade da viagem encontrou um pequeno oásis,

Bebeu da água cristalina e saboreou tâmaras,

Porém não permaneceu lá mais que um dia porque não quis,

Queria saber por que sua viajem demorou tanto: não morras.

Quando chegou à terra dos califas da maldição exaustam-te,

Viu que seus objetivos eram maiores em sua missão,

Abasteceu e numa cidade comprou outro camelo distante,

Porém, no meio de dois dias este caiu doente grande comoção.

Agora precisava mais que tudo, e precisava de uma força,

Para continuar entre o dia quente e a noite gélida,

Enfim chegou ao meio-dia do deserto, apareceu a onça,

Toda feita de ouro fino, porém, com a boca fétida.

Gumer Navarro
Enviado por Gumer Navarro em 16/09/2023
Código do texto: T7887378
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