CINQUENTA E TRÊS

Entre os homens, o mais desprezado,

De todos, ninguém mais rejeitado.

Homem de dor, de grande sofrer,

Homem que sabe o que é padecer.

Era desprezado, e isto posto,

Todo homem lhe escondia o rosto.

E dele nem sequer fizemos caso,

Pois todos O trataram com descaso.

Pagou alto preço, pois a bem da verdade,

Levou sobre si toda enfermidade.

Mostrou ao mundo todo o seu amor,

Pois levou sobre si toda a nossa dor.

E nós, pecadores em conflito,

Reputávamos-lhe por aflito.

Por nossos pecados foi punido,

Ferido de Deus e oprimido.

Foi transpassado não por suas ações,

Mas sim pelas nossas transgressões.

Homem puro, de grande dignidade,

Foi moído pela nossa iniquidade.

Sobre Ele esteve jaz,

O castigo que nos traz a paz.

Pelas suas pisaduras hoje sou sarado,

Ele pagou o preço pelo meu pecado..

Apesar de oprimido e humilhado,

Não abriu Sua boca, ficou calado.

Foi cortado da terra de todo vivente,

Ferido pela transgressão de nossa gente.

Designaram, confirmo nesses meus versos,

Sua sepultura com os perversos.

Mas com o rico esteve na sua morte,

Pois nunca fez injustiça esse forte.

Suportou a tudo com calma,

Na morte derramou sua alma.

Pelos transgressores intercedeu,

Foi por amor a nós que Ele morreu!

Gilson Lira
Enviado por Gilson Lira em 20/04/2014
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